Inexorável

segunda-feira, agosto 29, 2005

Para lá da exosfera

De volta.


Já está em casa.
posted by Manuel dos Reis at 11:26 0 comments

quarta-feira, agosto 24, 2005

Volto já.
posted by Manuel dos Reis at 23:19 0 comments

Poesia

A travessia


Finalmente atravessei o deserto
Encontrei muito mais do que pensei esperar
Escorpiões, lagartos, cobras
Fome, sede e muita falta de oxigénio

Encontrei alguns oásis
Que me fizeram desejar parar
Parar de vez
Ficar ali entre a tranquilidade da breve vegetação

Encontrei a introspecção da noite
Das estrelas que só no deserto se conseguem ver

Encontrei-me vezes sem conta

Cheguei


Manuel dos Reis
posted by Manuel dos Reis at 23:18 0 comments

terça-feira, agosto 23, 2005

Para lá da exosfera


Aurora Boreal em Saturno.
posted by Manuel dos Reis at 20:23 0 comments

segunda-feira, agosto 22, 2005

Para lá da exosfera


Mais uma estranha imagem da superficie de Marte.
posted by Manuel dos Reis at 21:54 0 comments

sexta-feira, agosto 19, 2005

Poesia

O NOIVADO DO SEPULCRO


Vai alta a lua! na mansão da morte
Já meia-noite com vagar soou;
Que paz tranquila; dos vaivéns da sorte
Só tem descanso quem ali baixou.

Que paz tranquila!... mas eis longe, ao longe
Funérea campa com fragor rangeu;
Branco fantasma semelhante a um monge,
D'entre os sepulcros a cabeça ergueu.


Ergueu-se, ergueu-se!... na amplidão celeste
Campeia a lua com sinistra luz;
O vento geme no feral cipreste,
O mocho pia na marmórea cruz.

Ergueu-se, ergueu-se!... com sombrio espanto
Olhou em roda... não achou ninguém...
Por entre as campas, arrastando o manto,
Com lentos passos caminhou além.

Chegando perto duma cruz alçada,
Que entre ciprestes alvejava ao fim,
Parou, sentou-se e com a voz magoada
Os ecos tristes acordou assim:

"Mulher formosa, que adorei na vida,
"E que na tumba não cessei d'amar,
"Por que atraiçoas, desleal, mentida,
"O amor eterno que te ouvi jurar?

"Amor! engano que na campa finda,
"Que a morte despe da ilusão falaz:
"Quem d'entre os vivos se lembrara ainda
"Do pobre morto que na terra jaz?

"Abandonado neste chão repousa
"Há já três dias, e não vens aqui...
"Ai, quão pesada me tem sido a lousa
"Sobre este peito que bateu por ti!

"Ai, quão pesada me tem sido!" e em meio,
A fronte exausta lhe pendeu na mão,
E entre soluços arrancou do seio
Fundo suspiro de cruel paixão.

"Talvez que rindo dos protestos nossos,
"Gozes com outro d'infernal prazer;
"E o olvido cobrirá meus ossos
"Na fria terra sem vingança ter!

- "Oh nunca, nunca!" de saudade infinda
Responde um eco suspirando além...
- "Oh nunca, nunca!" repetiu ainda
Formosa virgem que em seus braços tem.

Cobrem-lhe as formas divinas, airosas,
Longas roupagens de nevada cor;
Singela c'roa de virgínias rosas
Lhe cerca a fronte dum mortal palor.

"Não, não perdeste meu amor jurado:
"Vês este peito? reina a morte aqui...
"É já sem forças, ai de mim, gelado,
"Mas inda pulsa com amor por ti.

"Feliz que pude acompanhar-te ao fundo
"Da sepultura, sucumbindo à dor:
"Deixei a vida... que importava o mundo,
"O mundo em trevas sem a luz do amor?

"Saudosa ao longe vês no céu a lua?
- "Oh vejo sim... recordação fatal!
- "Foi à luz dela que jurei ser tua
"Durante a vida, e na mansão final.

"Oh vem! se nunca te cingi ao peito,
"Hoje o sepulcro nos reúne enfim...
"Quero o repouso de teu frio leito,
"Quero-te unido para sempre a mim!"

E ao som dos pios do cantor funéreo,
E à luz da lua de sinistro alvor,
Junto ao cruzeiro, sepulcral mistério
Foi celebrada, d'infeliz amor.

Quando risonho despontava o dia,
Já desse drama nada havia então,
Mais que uma tumba funeral vazia,
Quebrada a lousa por ignota mão.

Porém mais tarde, quando foi volvido
Das sepulturas o gelado pó,
Dois esqueletos, um ao outro unido,
Foram achados num sepulcro só.


Poema de Soares de Passos
posted by Manuel dos Reis at 19:09 0 comments

quinta-feira, agosto 18, 2005

Cartazes


Um raro cartaz deste filme. Gostei particularmente da frase do topo. Julgo que não terá vingado pelo facto de ser uma clara alusão ao efeito das drogas alucinógeneas, quer pela frase em questão quer pelo aspecto psicadélico do cartaz.
posted by Manuel dos Reis at 19:59 0 comments

terça-feira, agosto 16, 2005

Para lá da exosfera


Os novos "artistas".
Astronauta Stephen K. Robinson a 3 de Agosto de 2005.
posted by Manuel dos Reis at 19:07 0 comments

domingo, agosto 14, 2005

Cartazes


"O Regresso do Super-Homem" previsto para 30 de Junho de 2006.
Eis em primeira mão o novo logotipo do Super-Homem.
posted by Manuel dos Reis at 19:13 0 comments

quinta-feira, agosto 11, 2005

Poesia

De volta

Escreve-Me...


Escreve-me! Ainda que seja só
Uma palavra, uma palavra apenas,
Suave como o teu nome e casta
Como um perfume casto d'açucenas!

Escreve-me! Há tanto, há tanto tempo
Que te não vejo, amor! Meu coração
Morreu já, e no mundo aos pobres mortos
Ninguém nega uma frase d'oração!

"Amo-te!"Cinco letras pequeninas,
Folhas leves e tenras de boninas,
Um poema d'amor e felicidade!

Não queres mandar-me esta palavra apenas?
Olha, manda então...brandas...serenas...
Cinco pétalas roxas de saudade...



Poema de Florbela Espanca
posted by Manuel dos Reis at 21:05 2 comments

quinta-feira, agosto 04, 2005

Volto já!
Se alguém quiser enviar fotografias ou textos (prosa e poesia) ou aquilo que quiser, envie que eu publico aqui no Inexorável.
posted by Manuel dos Reis at 10:20 0 comments