Inexorável

sábado, abril 30, 2005

Há 60 anos

Há 60 anos Hitler foi derrotado.
Na apresentação deste blog abordo a questão do bem e do mal, sem dúvida que do meu ponto de vista o bem venceu o mal com a derrota da Alemanha mas não o aniquilou. Nem sei se tal coisa é possível ou desejável, é um problema que ocupa os moralistas e os especialistas em ética há milénios.
Muitas são as histórias da História da II Guerra Mundial, quero aqui falar-vos de apenas uma. É uma das histórias menos conhecidas, é praticamente um tabu. Esta história centra-se em torno de um terrível dilema ético e moral, algo com o qual poucos de nós gostaríamos de ser confrontados, algo que gostaríamos que fossem outros a decidir. Contudo a decisão tinha de ser tomada.
Os vencedores da guerra confrontaram-se em determinado momento com os resultados das pesquisas médicas feitas pelos médicos nazis, nada de extraordinário até este momento, o problema é que aqueles médicos tinham usado cobaias humanas nas suas pesquisas.
Como se sai daqui? Aquelas pesquisas representavam muitos anos de avanço em termos de ciência médica no entanto aqueles resultados tinham sido conseguidos à custa de inúmeras vidas humanas, homens, mulheres e crianças.
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quarta-feira, abril 27, 2005

Óscares


Olivia de Havilland
Melhor Actriz (1949)
em The Heiress
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Óscares


Broderick Crawford
Melhor Actor (1949)
em All The King's Men
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segunda-feira, abril 25, 2005

Belo


Conimbriga
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Belo


Coimbra.
Diz-se que fica a saudade.
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quinta-feira, abril 21, 2005

Para lá da exosfera


Astronauta Susan J. Helms a bordo da Estação Espacial Internacional
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quarta-feira, abril 20, 2005

Para lá da exosfera


É só "curtir"!
Estou mesmo a ver o fotógrafo (vejam lá se o descobrem) a dizer - "olhó meteorito".
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terça-feira, abril 19, 2005

Habemos Papam


Comunicado de Imprensa do Vaticano anunciando a eleição do novo Papa.
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segunda-feira, abril 18, 2005

Para lá da exosfera


Astronauta Michael Fincke durante um passeio espacial.
Fotografia tirada no dia 3 de Agosto de 2004 na Estação Espacial Internacional.
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domingo, abril 17, 2005

Conclave

A palavra conclave tem origem nos termos latinos "cum" (com) e "clavis" (chave), e foi adoptada no século XIII depois da morte do papa Clemente IV, quando os cardeais deixaram vaga a Sé apostólica durante mais de dois anos. A situação levou o governador de Viterbo (Itália) a trancar os purpurados no palácio até que a eleição fosse encerrada, ideia transformada em lei depois por Gregório X no segundo Concílio de Lyon, em 1274.
A primeira assembleia de cardeais, semelhante ao que hoje é conhecido como conclave, foi realizada no entanto em 1118, quando os purpurados se reuniram em segredo no mosteiro de Santa Maria in Pallara, no Monte Palatino, para eleger, longe das pressões políticas, o papa Gelásio II, um beneditino.
No pontificado Alejandro III (1159-1181), durante o Concílio de Latrão, realizado em 1179, foi aprovada a constituição "Licet de vitanda", que pela primeira vez fixou a regra dos dois terços dos votos para a eleição do pontífice e tornou o voto uma exclusividade dos cardeais.
Um século depois, em 1241, foi realizado o que alguns historiadores chamaram de o conclave do terror, no qual os cardeais foram trancados durante 60 dias diante do assédio do imperador Federico, que pretendia impor o seu candidato. Durante o período de reclusão, alguns purpurados adoeceram e um morreu. Deste conclave, saiu eleito o papa Celestino IV. O seu pontificado durou apenas 17 dias devido ao desgaste sofrido durante a assembleia, que o levou à morte.
O Conclave de Viterbo, em 1268, elegeu o papa Gregório X, que regulou através da constituição "Ubi Periculum", de 1274, a eleição. A partir desse momento ficaram estabelecidos um período de dez dias da morte do pontífice até o começo do conclave e a obrigação de as sessões da assembleia serem realizadas a portas fechadas e em uma única sala. O segredo em torno das deliberações foi garantido com a ameaça de excomunhão para aqueles que tentassem se comunicar com os cardeais.
O efeito da "Ubi Periculum" foi imediato, já que no conclave seguinte - realizado em Arezzo, em 1276, do qual saiu eleito Inocêncio V - durou apenas um dia. Até aquele momento havia sido o mais curto da história e continuou ostentando a marca porque, dois anos depois, a constituição foi abolida e os conclaves voltaram a ser longos.
Outro conclave importante foi o de 1288, no Palácio dos Papas, no Monte Aventino, no qual os cardeais foram vítimas de uma peste que provocou a morte de seis eleitores e o adiamento da eleição sem que a assembleia fosse interrompida formalmente. Os purpurados abandonaram o local e restou apenas um para guardar o palácio, Gerolamo d'Ascoli, o que deixou a Sé vaga. Com a volta dos purpurados, o cardeal foi eleito papa, assumindo o nome de Nicolau IV.
Em 1292, a Sé ficou vaga durante dois anos, três meses e um dia. Diante da situação anormal, Pietro Damarrone, frade beneditino, interveio enviando uma mensagem aos doze eleitores na qual os chamou ao serviço da Igreja. Estes elegeram-no Pontífice em 1294, em Perusa. Damarrone adoptou o nome de Celestino V.
No início do século XIV, com o colégio cardinalício dividido entre os partidários e contrários à França em 1305, foi realizado, em Perugia, o conclave que elegeu Clemente V, que depois de receber a tiara em Lyon, decidiu levar a Sé para Avignon (França).
A assembleia seguinte, realizada em Roma, em 1378, ocorreu em meio a uma grande tensão devido ao motim levantado pelos romanos, que exigiam um papa italiano e tiveram a causa atendida com a escolha de Urbano VI, que dirigiu a Igreja até 1389. Superadas as sucessivas crises de autoridade na Igreja, o Renascimento trouxe o desenvolvimento e estabelecimento da Roma papal, disputada por várias famílias italianas.
No conclave de 1492, que elegeu o papa Alejandro VI, 22 dos 23 cardeais eram italianos. Na época, o colégio cardinalício era dominado pelas grandes famílias italianas, como os Medici, os Farnesio e os Orsini. Esta situação degenerou a Igreja e tornou necessária sua reforma no conclave de 1532, quando 39 cardeais elegeram Adriano VI, o último pontífice não italiano até João Paulo II (1978-2005).
No século XVII, a Igreja católica atravessava um momento financeiramente ruim, o que possibilitou a intervenção das potências europeias (Espanha, França e Áustria), das quais dependia a eleição do papa, situação que se prolongou durante todo o século XVIII. No final deste século e depois das invasões napoleónicas, o papa Pio VI redigiu uma nova norma para a eleição do Pontífice, estabelecendo que, havendo necessidade, a eleição do novo papa poderia ser realizada antes dos dez dias estabelecidos e em qualquer cidade de um território que tivesse como soberano um rei católico e onde o maior número de cardeais pudesse se reunir. A partir dessas normas, foi feito um conclave em 1799 (e que terminou em 1800) em Veneza, no qual 35 dos 46 eleitores escolheram Pio VII.
No século XIX, os conclaves foram marcados pelos movimentos revolucionários que resultaram na unificação da Itália, para a qual o poder temporário do papa e o Estado Pontifício era um obstáculo. Nesta situação conturbada, o papa Gregório XVI, eleito em 1831, estabeleceu medidas excepcionais para a sucessão em conclave de urgência, fórmula usada para a escolha dois papas anteriores, Pio IX e Leão XIII, nos conclaves de 1846 e 1878, respectivamente.
Na eleição de Leão XIII, a primeira decisão tomada pelos cardeais foi o lugar de realização do conclave, para evitar uma possível intervenção do governo italiano. Embora muitos purpurados tenham falado na possibilidade de levá-lo para a Espanha, a assembleia foi realizada em Roma.
Entretanto, em 1996, o papa João Paulo deu um basta às privações dos cardeais e aprovou a Constituição Apostólica (lei constitucional da Igreja Católica) "Universi dominici gregis", que incluía a construção da Residência de Santa Marta, num custo de 20 milhões de euros, que abriga 120 confortáveis quartos e 20 salões, que serão usados para trocar ideias. Além disso, os cardeais poderão tomar conhaque para aplacar as emoções e champanhe para celebrar a vitória do papa eleito.
A Constituição Apostólica estabelece que as operações de voto devem continuar sendo realizadas na Capela Sistina e suprimiu a eleição do novo pontífice por aclamação ou por compromisso, reiterando que a única forma é o voto secreto.
O novo Papa será eleito por 116 dos 117 cardeais com menos de 80 anos, de um total de 180 cardeais vivos, reunidos numa experiência pela qual apenas dois deles passaram até o momento. Dos 117 cardeais, 114 foram nomeados por João Paulo II em nove consistórios, o último deles em 21 de Outubro de 2003, e os outros três foram consagrados por Paulo VI. Um deles, o cardeal filipino Jaime Sin, não poderá participar do conclave por razões de saúde.
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sábado, abril 16, 2005

Óscares


Jane Wyman
Melhor Actriz (1948)
em Johnny Belinda
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Óscares


Laurence Olivier
Melhor Actor (1948)
em Hamlet
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quarta-feira, abril 13, 2005

Para lá da exosfera


Imagens da Spirit.
Remoinho de pó a percorrer uma planicie em Marte.
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segunda-feira, abril 11, 2005

Para lá da exosfera


A futura e primeira base lunar?
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domingo, abril 10, 2005

Para lá da exosfera


Marte no Outono
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sábado, abril 09, 2005

Publicidade Perigosa

Vi hoje na televisão uma publicidade da Vodafone que conta a história de um amor proibido. Nesta história os amantes parecem suicidar-se, só nos ultimos segundos é que percebemos que afinal o salto dos amantes não é para a morte mas para um colchão em forma de coração.
Considerando a faixa étaria a que se destina a publicidade e considerando a tendência depressiva e suicida de alguns adolescentes, esta é uma das mais perigosas publicidades que já vi.
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sexta-feira, abril 08, 2005

Cardeais Portugueses da Fundação à Actualidade

MESTRE GIL
Filho do chanceler Julião, do tempo de D. Afonso Henriques. Mestre Gil (também aparece com o nome de Egídio), foi tesoureiro da Sé de Coimbra e Cónego de Viseu. Foi este o primeiro Cardeal português, criado pelo Papa Urbano IV.

D. PAIO GALVÃO
Nasceu em Guimarães. Sendo Mestre de Teologia em Paris, D. Sancho I mandou-o a Roma como embaixador de obediência, tendo sido feito Cardeal, em 1206, por Inocêncio III, com o título de Santa Maria in Septisolio.

D. PEDRO JULIÃO OU PEDRO HISPANO
O único português que foi Papa. Natural de Lisboa, era designado, no seu tempo, como filósofo, teólogo, cientista e médico, e autor de várias obras científicas. Estando em Roma, depois de participar no concílio ecuménico de Lião, tratou o Papa Gregório X de uma doença dos olhos, sendo elevado a Cardeal em 1274. Foi Papa com o nome de João XXI, desde Setembro de 1276 a Maio de 1277. A importância do seu talento de homem de ciência mereceu-lhe ser referido por Dante, na Divina Comédia (Paraíso, canto XII). A sua morte deveu-se a um desastre na Catedral de Viterbo, cujas as obras acompanhava. Ficou ali sepultado. Em Março de 2000, por um especial empenho do Presidente da Câmara de Lisboa, João Soares, foi-lhe concedido um lugar mais honroso dentro da catedral, sendo então transladado para a nave central.

D. ORDONHO ALVAREZ
Abade fonselense, nascido em Portugal foi Bispo de Salamanca (1272), passando, depois, para o arcebispado de Braga por vontade de Gregório X, em substituição de Pedro Hispano, depois da elevação deste ao cardinalato. Em 1278, o Papa Nicolau III elevou-o também a Cardeal-Bispo.

PEDRO DA FONSECA
Nasceu em Olivença. Foi criado Cardeal pelo anti-Papa Bento XIII (Pedro de Luna), com o título de Santo Angelo na Pescaria, em 1409. Quando os Concílios de Pisa e Constança proferiram sentenças contra o anti-Papa, passou D. Pedro da Fonseca a obedecer ao Papa de Roma, Martinho V, que o fez Cardeal do mesmo título em 1419.

D. JOÃO AFONSO DE AZAMBUJA
Bispo de Silves, Porto e Coimbra. Foi Arcebispo de Lisboa, em 1402, e elevado ao Cardinalato em Junho de 1411, por Gregório XII.

D. ANTÃO MARTINS DE CHAVES
Natural de Chaves, segundo uns, ou do Porto, segundo outros, foi bispo nesta última cidade (1424). Criado Cardeal Presbítero do título de S. Crisógono, pelo Papa Eugénio IV, em 1439. Em Roma, foi solícito promotor dos peregrinos pobres portugueses, fazendo ampliar o hospital (1440) a partir de uma albergaria hospício que tinha sido fundada por uma benemérita senhora de Lisboa, em 1363, e que viria a ser o prelúdio do actual Instituto de Santo António dos Portugueses, na via dei Portoghesi.

D. JAIME DE PORTUGAL
Filho do Infante D. Pedro, foi Arcebispo de Lisboa. Depois do desatre da batalha de Alfarrobeira, (1449), D. Jaime, com o seus irmãos, D. João e D. Beatriz, retiraram-se para Flandres. É enviado a Roma já depois de ter sido eleito arcebispo de Arras. Foi criado Cardeal-Diácono pelo Papa Calisto III, em 20 de Fevereiro de 1456, com o título de Santo Eustáquio.

D. JORGE DA COSTA (Cardeal de Alpedrinha)
Nasceu em 1406, na Vila beiroa de Alpedrinha. Estudou em Paris e foi prelado em várias dioceses: Bispo de Évora em 1463, Arcebispo de Lisboa, em 1464, Arcebispo de Braga, em 1501. Foi feito Cardeal pelo Papa Xisto IV, em 1476, com o título dos Santos Pedro e Marcelino.
Dotado de invulgares qualidades, foi diplomata, e teve o maior valimento junto de D. Afonso V, de quem foi conselheiro e confessor, tendo sido também mestre-capelão da sua irmã, a infanta D. Catarina.
Devido a incompatibilidades com o rei D. João II, foi viver para Roma, onde acabou por passar grande parte da sua vida.
Deve-se a D. Jorge da Costa a criação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, com todo o apoio que deu à Rainha D. Leonor, tendo, para o efeito, movido influências em Roma para que a nova instituição surgida em Portugal tivesse o reconhecimento do Papa. Foi também o Cardeal, que, a pedido da Rainha D. Leonor, facilitou a elaboração dos estatutos do Hospital das Caldas.

D. HENRIQUE
Filho de D. Manuel I, nasceu em Lisboa em 1512. Aos 22 anos era eleito Arcebispo de Braga pelo Papa Clemente VII. Foi feito Cardeal em 16 de Dezembro de 1545, com o título dos Santos Quatro Coroados.

INFANTE D. AFONSO
Era filho de D. Manuel I, que pretendera fazê-lo nomear cardeal aos três anos de idade. Mas, o pedido foi indeferido por inconstitucionalidade. O concílio de Latrão estipulara que não podia ser «dada catedral a menores de 30 anos».
D. Manuel, conseguiu, no entanto, que o Infante fosse investido no arcebispado de Braga aos 15 anos, e aos 18 anos voltou a propô-lo para Cardeal, embora a prerrogativa inconstitucional se mantivesse. Porém, tendo o Rei enviado ao Papa a famosa embaixada de Tristão da Cunha, em 1514, com as primícias dos descobrimentos e testemunho de obediência, Leão X elevou a Cardeal o Infante D. Afonso.

D. MIGUEL DA SILVA
Nasceu em Évora em 1486. Foi Bispo de Viseu em 1526. Amigo pessoal de Leão X e de Rafael, foi promovido a Cardeal in pectore em 1539, por Paulo III. Este o confirmou Cardeal, em 1541, com o título dos Doze Apóstolos.

D. VERÍSSIMO DE LENCASTRE
Nasceu em 1615. Filho de D. Francisco Luís de Lencastre, comendador-mór de Avis, e de D. Filipa Vilhena, aquela que armou cavaleiros dois dos seus filhos na madrugada de 1º de Dezembro de 1640. Foi Arcebispo de Braga em1670, mas, em 1677, renunciou ao cargo. Foi elevado ao Cardinalato por Inocêncio XI, em 1686.

D. LUÍS DE SOUSA
Nasceu no Porto, em 1630. Foi Bispo em Bona (1671) e Arcebispo de Lisboa (1675). O Papa Inocêncio XII elevou-o ao Cardinalato, em 1697. Alcançou para todas as igrejas de Lisboa o jubileu do Lausperene, e foi Provedor da Misericórdia de Lisboa de 1674 a 1683.

D. TOMAS DE ALMEIDA - 1º Cardeal Patriarca de Lisboa
Nasceu em 1670, em Lisboa. Foi Bispo de Lamego (1706), Bispo do Porto (1709) e o primeiro Patriarca de Lisboa (1716). O Papa Clemente XII fê-lo Cardeal em 20 Dezembro de 1737.

D. NUNO DA CUNHA E ATAÍDE
Nasceu em Lisboa, em 1664. Foi Mestre de Artes em Coimbra e graduado em Direito Canónico. Cónego da Sé de Coimbra, Conselheiro de Estado, Inquisidor-mór, e capelão de D. Pedro II. Recusou a mitra de Elvas, sendo-lhe concedido o título de Bispo de Targa. Clemente XI elevou-o ao Cardinalato a 18 de Maio de 1712.

D. JOSÉ PEREIRA DE LACERDA
Nasceu em Moura, em 1661. Bispo do Algarve (1716), foi elevado a Cardeal-Presbítero, pelo Papa Clemente XI, em 1719, mas só recebeu o capéu cardinalício das mãos de Inocêncio XIII, em cujo Conclave tinha participado.

D. JOÃO DA MOTA E SILVA
Nasceu em Castelo Branco em 1685. Cónego magistral da Colegiada de S. Tomé, foi criado Cardeal por Bento XIII no Consistório de 2 de Novembro de 1727.

D. PAULO DE CARVALHO E MENDONÇA
Nasceu em 1702. Irmão do Marquês de Pombal, foi monsenhor da Patriarcal de Lisboa. O Papa Clemente XIV criou-o Cardeal em 29 de Janeiro de 1770, mas faleceu antes de a notícia ter chegado a Lisboa.

D. JOÃO COSME DA CUNHA (Cardeal da Cunha)
Nasceu em Lisboa, em 1715. Formou-se em leis, e, em 1738, tomou o hábito de Santa Cruz. Enquanto Cónego da Ordem, como o nome de Frei João de Nossa Senhora das Portas, durante o terramoto de 1755 percorreu as ruas descalço, de corda ao pescoço e com um crucifixo alçado, passando por entre os escombros anunciando penitência aos vivos e sufrágio pelos mortos. Inspector da reedificação de Lisboa. Assumiu o arcebispado de Évora em 1760. A instâncias do Marquês de Pombal, Clemente XIV criou-o Cardeal no Consistório de 1770.

D. JOSÉ MANUEL DA CÂMARA - 2º Cardeal Patriarca de Lisboa
Nasceu em Lisboa a 25 de Dezembro de 1686. Bento XIV criou-o Cardeal em 10 de Abril de 1747. A 10 de Março de 1754 foi eleito Patriarca de Lisboa. Foi o Cardeal Patriarca que viveu o terramoto de 1755. Agastado com a perseguição que entretanto o Marquês de Pombal movera contra os Jesuítas, retirou-se.

D. FRANCISCO SALDANHA - 3º Cardeal Patriarca de Lisboa
Nasceu em Lisboa, em 1723 e estudou na Universidade de Coimbra. Bento XIV elevou-o a Cardeal em 1756. A 25 de Julho de 1758 era nomeado Patriarca de Lisboa.

D. FERNANDO DE SOUSA E SILVA - 4º Cardeal Patriarca de Lisboa
Nasceu em 1712. Em Dezembro de 1776 era eleito Patriarca de Lisboa, mas só foi sagrado em 30 de Maio de 1779, sendo, em seguida, criado Cardeal por Pio VI.

D. MIGUEL DE NORONHA E SILVA ABRANCHES
Pertencente à casa de Valadares, foi principal diácono da Igreja Patriarcal. Foi criado Cardeal em 16 de Maio de 1803.

D. PEDRO DE FIGUEIREDO DA CUNHA E MELO
Nasceu em Tavira em 1770. Foi Arcebispo de Braga (1840) e elevado a Cardeal Presbítero, com o título de Cardeal Figueiredo, em 1850.

D. JOSÉ FRANCISCO MIGUEL ANTÓNIO DE MENDONÇA - 5º Cardeal Patriarca de Lisboa
Nasceu em Lisboa em 2 de Outubro de 1725. Da casa real dos condes de Val dos Reis, licenciou-se em cânones, foi nomeado cónego, monsenhor e principal primário da igreja patriarcal. Sucedeu a D. Francisco de Lemos como reformador reitor da Universidade de Coimbra. Patriarca de Lisboa em 1786, foi criado Cardeal em 1788, por Pio VI.

D. CARLOS DA CUNHA E MENEZES - 6º Cardeal Patriarca de Lisboa
Nasceu em 9 de Abril de 1759. Foi principal presbítero da Patriarcal, vindo a ser eleito Patriarca em 4 de Julho de 1818 e elevado ao cardinalato em 1819. Foi conselheiro de Estado e membro da regência do reino durante a ausência de João VI, até 15 de Setembro de 1820.

D. FREI PATRÍCIO DA SILVA - 7º Cardeal Patriarca de Lisboa
Nasceu em 1756. Foi Bispo de Castelo Branco (1818) e Arcebispo de Évora (1819). Leão XII elevou-o a Cardeal em 1824. Tomou posse como Patriarca de Lisboa em 1826.

D. FREI FRANCISCO DE S. LUÍS - 8º Cardeal Patriarca de Lisboa
Nasceu em 1766. Foi Bispo de Coimbra, em 1822 e Patriarca de Lisboa, em 1840. Conduziu todo o processo de reatamento das relações diplomáticas entre Portugal e a Santa Sé. Aceitou ser Patriarca de Lisboa por insistência de D. Maria II. Foi Criado Cardeal-Presbítero por Gregório XVI, em 1843.

D. GUILHERME HENRIQUES DE CARVALHO - 9º Cardeal Patriarca de Lisboa
Nasceu em 1793. Foi Bispo de Leiria, em 1843 e Patriarca de Lisboa, em 1845. Foi vice-presidente da Câmara dos Pares e participou em Roma na definição dogmática da Imaculada Conceição, sendo-lhe conferidas várias distinções, entre outras, a de o Papa Pio IX lhe impôr o chapéu cardinalício depois de ter sido feito Cardeal por Gregório XVI, em 1846. Obteve para os Cónegos da Sé de Lisboa vários privilégios, entre outros, o de usarem batinas e murças de cor purpúrea, e para os dignatários do Cabido o de poderem usar mitra.

D. MANUEL BENTO RODRIGUES - 10º Cardeal Patriarca de Lisboa
Nasceu em 1800. Nomeado Arcebispo de Mitilene (1845), foi Bispo de Coimbra (1851) e Patriarca de Lisboa (1858). Foi feito Cardeal-Presbítero em 1858.

D. INÁCIO DO NASCIMENTO MORAIS CARDOSO - 11º Cardeal Patriarca de Lisboa
Nasceu em 1811. Nomeado Bispo do Algarve em 1863 e, depois, Patriarca de Lisboa, em 1871. Recebeu a dignidade de Cardeal-Presbítero em 1873. O barrete cardinalício ser-lhe-ia imposto em Lisboa pelo Rei D. Luís I.

D. AMÉRICO FERREIRA DOS SANTOS SILVA
Nasceu em Massarelos. Foi Cónego da Sé Patriarcal em 1858, desembargador e juíz da relação patriarcal. Em 1867 foi vogal da comissão encarregada de propor a nova circunscrição paroquial do continente e ilhas. Nomeado Bispo do Porto, em 1871, foi elevado ao Cardinalato por Leão XIII, no Consistório de 12 de Maio de 1879.

D. JOSÉ SEBASTIÃO NETO - 12º Cardeal Patriarca de Lisboa
Nasceu em 1841. Foi Bispo de Angola e Congo (1879), foi escolhido para Patriarca de Lisboa em 6 de Abril de 1883. Elevado ao cadinalato em 1884, presidiu ao casamento do Rei D. Carlos e D. Amélia, na Igreja de S. Domingos, no dia 22 de Maio de 1886.

D. ANTÓNIO MENDES BELO - 13º Cardeal Patriarca de Lisboa
Nasceu em S. Pedro de Gouveia, em 1842. Governador do bispado de Pinhel (1874) e do bispado de Aveiro (1881), foi nomeado Arcebispo de Mitilene, em 1883. Assumiu a diocese do Algarve, em 1884, e o patriarcado de Lisboa, em 1907. Foi indicado para Cardeal in pectore no Consistório de 27 de Novembro de 1911, por Pio X. Nesse ano seria expulso de Lisboa devido às convulsões políticas de então. Ficou exilado em Gouveia durante dois anos. Participou no Conclave em que foi eleito Bento XV, em 1914, tendo recebido das mãos deste o barrete cardinalício.

D. MANUEL GONÇALVES CEREJEIRA - 14º Cardeal Patriarca de Lisboa
Nasceu em Lousado em 1888. Nomeado Arcebispo de Mitilene em 1928, foi Patriarca de Lisboa em 18 de Novembro de 1929. No dia 16 do mês seguinte foi elevado a Cardeal da Ordem dos Presbíteros, com o título dos Santos Marcelino e Pedro. Era o mais novo dos purpurados, tendo recebido o barrete das mãos de Pio XI, ao mesmo tempo que o Cardeal Pacelli, mais tarde Papa Pio XII.
Querendo apaziguar as relações com o Estado, devido às convulsões surgidas com a revolução republicana de 1910, tudo fez para que, em 1940, o Governo assinasse uma Concordata com a Santa Sé.
Outro marco fundamental na acção deste Patriarca foi a criação da Universidade Católica.

D. TEODÓSIO CLEMENTE DE GOUVEIA
Nasceu na Ilha da Madeira em 1889. Foi Bispo titular de Leuce e Prelado de Moçambique (1936), e em 1941, Arcebispo de Lourenço Marques. Foi elevado a Cardeal-Presbítero, por Pio XII, no Consistório de 18 de Fevereiro de 1946.

D. JOSÉ DA COSTA NUNES
Nasceu na Ilha do Pico (Açores) a 15 de Março de1880. Foi Bispo de Macau (1920) e nomeado Arcebispo de Goa e Damão, com o título de Patriarca das Índias Orientais, a 11 de Março de 1940. Em 16 de Dezembro de 1953 renunciou ao governo da diocese, mantendo, porém, o título de Patriarca e ficando como arcebispo titular de Odesso, passando, então, a fazer parte da Cúria Romana, como vice-camerlengo da Santa Sé. No Consistório de 16 de Março de 1962 foi elevado à dignidade cardinalícia, por João XXIII.

D. ANTÓNIO RIBEIRO - 15º Cardeal Patriarca de Lisboa
Nasceu em S. Clemente (Celorico de Basto) em 21 de Maio de 1928. Foi nomeado Bispo titular de Tigilava e Auxiliar do Arcebispo de Braga a 8 de Julho de 1967. Em 13 de Maio de 1971 foi nomeado 15º Patriarca de Lisboa. Paulo VI elevou-o à dignidade cardinalícia, com o título de Santo António in urbe, no Consistório de 5 de Março de 1973.
Foi o Cardeal Patriarca da transição entre a ditadura e a democracia em Portugal. Dele disse, em 1998, o então presidente da Assembleia da República, Almeida Santos: «D. António imprimiu uma serena dignidade às relações entre o Estado e a Igreja, mesmo nos momentos mais delicados da história recente». Mário Soares, na mesma altura, afirmou: «Com discrição e firmeza, impôs-se ao respeito dos portugueses, crentes ou não».

D. HUMBERTO MEDEIROS
Nasceu nos Arrifes, ilha de S. Miguel (Açores), a 6 de Outubro de 1915. Bispo de Browsville, no Texas (1966). Arcebispo de Boston (1970). Criado Cardeal por Paulo VI, no Consistório de 5 de Março de 1973.

D. JOSÉ SARAIVA MARTINS
D. José Saraiva Martins nasceu em Gagos de Jarmelo, Guarda, a 6 de Janeiro de 1932. Entrou, em 1944, no seminário claretiano das Termas de São Vicente. Cursou teologia em Roma, tendo-se licenciado na Universidade Gregoriana. Depois de vários anos de docência nos seminários maiores da Província Claretiana, doutorou-se em Roma na Universidade de S. Tomás de Aquino. Em 1970 é nomeado professor de teologia na Pontifícia Universidade Urbaniana. Nomeado Reitor da mesma, desempenha este cargo de 1977 a 1983, e desde 1986 até ser nomeado arcebispo e secretário da Congregação da Educação Cristã, a 26 de Maio de 1988. É ordenado bispo a 2 de Julho de 1988, em Roma. Em 1998 é Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos. A 21 de Fevereiro de 2001 é criado Cardeal.

D. JOSÉ DA CRUZ POLICARPO – 16º Cardeal Patriarca de Lisboa
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quinta-feira, abril 07, 2005

Belo


Imagem microscópica do Plâncton.
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terça-feira, abril 05, 2005

Para lá da exosfera


Explosão solar
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segunda-feira, abril 04, 2005

Belo


Bailado
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domingo, abril 03, 2005

Belo


Aurora Boreal
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sábado, abril 02, 2005

Morreu o Papa


Comunicado de imprensa anunciando a morte do Papa.
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Óscares


Loretta Young
Melhor Actriz (1947)
em The Farmer's Daugther
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Óscares


Ronald Coleman
Melhor Actor (1947)
em A Double Fire
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sexta-feira, abril 01, 2005

Terri Schiavo

Morreu ontem uma americana de fome. Não porque não pudesse ser alimentada mas porque um tribunal assim decidiu.
Esta vitima, de um sistema legal e ético, demorou 15 dias a morrer.
Melhor dito, segundo os médicos a americana já tinha morrido, pelos menos cerebralmente. No entanto respirava autonomamente.
Em que ficamos? Estava viva ou não?
Se não estava então não era um ser vivo, era uma coisa. Teremos então um novo ser? Uma coisa que respira?
Não me parece.
Que eu saiba uma coisa não respira.
Com tantas possibilidades optou-se pela pior, condenar uma pessoa cerebralmente morta a morrer de fome.
É mais digno um animal que quando está em sofrimento é morto?
Não me parece.
É mais digno uma coisa defeituosa não ser destruída porque alguém ainda lhe tem algum afecto?
Não me parece.
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